"José" Goebbels
A cache do Google não deixa margem para dúvidas. O Governo de José Sócrates mentiu.
O relatório não era da OCDE mas foi vendido como tal. Uma fraude, uma burla, portanto.
À procura da palavra infinita. De Guimarães para a Blogosfera.
A cerimónia de posse de Obama deixou-me verdadeiramente atónito. Depois de meses de política espectáculo e de mega comícios hollywoodescos, pensei que já se tinha atingido o auge. Mas não. Esta tomada de posse foi a maior orquestração de banalidades e lugares-comuns a que já assisti em política.
Uma parada de músicos, actores e demais celebridades passaram pelo palco para debitar palavras ocas lidas no teleponto. As crianças a cantar, a mudança, a esperança, o futuro. Imagens a apelar à emoção, música a apelar à alma, e sempre a confiança - inabalável - de que Deus abençoará a América.
Não há paciência. É certo que estamos na América e que por lá as coisas funcionam assim. Mas é também o dia 1 de Obama e a sua primeira oportunidade de começar a fazer as coisas de modo diferente. Nomeadamente começar a ocupar as suas funções discretamente, iniciar a leitura dos relatórios, e preparar as soluções para o futuro - até porque os tempos que se avizinham são tudo menos fáceis e pedem tudo menos celebração.
Pegar num realizador talentoso como Oliver Stone, juntar-lhe um orçamento milionário e escolher uma temática cheia de potencial parece uma receita eficaz para se fazer um grande filme. Puro erro. Ontem tive oportunidade de assistir finalmente ao World Trade Center e fiquei extremamente desapontado. O filme é mau. É básico, vulgar, cheio de clichés. Usa os atentados de 11 de Setembro como mero pano de fundo mas na verdade é uma história tão simples como qualquer outra. A esmagadora maioria dos diálogos funcionariam de igual modo se estivessemos a falar de, por exemplo, dois quaisquer mineiros soterrados numa qualquer mina.
E o pior é que este filme fecha portas. Tão cedo não se fará outro filme sobre o mesmo tema. E o 11 de Setembro tem um potencial enorme a nível da exploração de sentimentos e do impacto brutal das acções. Aliás, os primeiros minutos do filme parecem conseguir explorar bem a situação, sobretudo as cenas no átrio do WTC - a queda da torre é, para mim, a melhor cena do filme. Depois perde-se em banalidades, num diálogo básico e aborrecido, no melodrama familiar.
De 1 a 10, dou-lhe um 3.