19 setembro, 2009

Inglório, de facto

Não posso dizer, com propriedade, que Inglorious Basterds é um mau filme, porque não é. Mas é uma grande desilusão. Sou vítima das minhas próprias expectativas, é certo, e por isso as críticas são mais pessoais do que outra coisa.

Quem esperava um filme genuinamente "Tarantinesco" sobre a Segunda Guerra Mundial, pode esperar sentado. A 2a Guerra é apenas um pano de fundo para uma história banal, sensaborona e previsível. E também tem pouco de Tarantino. Do bom Tarantino, entenda-se. É que Inglorious Basterds é muito mais Kill Bill e Death Proof do que Pulp Fiction e Reservoir Dogs.

São duas horas e meia de filme, que são suportadas por duas ou três cenas geniais. Mas que não chegam. O resto do enredo não cativa; ninguém percebe muito bem o como e o porquê das coisas acontecerem, é apenas acção debitada para a tela. Tarantino, no meio de todas as suas referências e homenagens, esqueceu-se do fundamental: do seu próprio filme.

O melhor do filme? A personagem do Coronel Hans Landa, com o seu delicioso charme diabólico. Interpretação notável de um tal Cristoph Waltz.

Quanto a Tarantino, parece estar, definitivamente, a perder o seu toque de Midas.

1 Pensamentos:

Blogger Samuel Silva disse:

O Kill Bill é a obra-prima do mestre. Death Proof foi um filme feito à pressa. Ele ainda está aí para as curvas.

Quanto aos Bastardos já vi que divide opiniões. Eu acho um filme magnífico.

26 setembro, 2009 17:40  

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