Primeiro relato de Malta, agora que finalmente foram resolvidos os (muitos) contratempos com que me deparei. Só hoje deu para ficar na casa definitiva e desfazer as malas. Portanto, a partir de agora vou tentar ir mantendo isto actualizado mais regularmente.
A primeira impressão de Malta faz Portugal parecer um país escandinavo. Corrupção a rodos, construção totalmente anárquica (e de qualidade próxima do anedótico), código da estrada apenas para encher chouriços, autocarros a lembrar um país da África profunda, etc.
On the other hand, o nível de vida é elevado. As casas são estupidamente caras, os preços dos produtos básicos nos supermercados são um exagero (a garrafa de água mais barata que vi custava 44 cêntimos, um quilo de arroz custa mais de 2€, um café oscila entre 1.10€ e 1.25€) e ir almoçar fora é um luxo a que poucos se podem dar.
É uma lição que aprendo desde já: fazer considerações sobre países baseadas em números...pode induzir em erro. O PIB per capita de Malta é superior ao Português, e o ordenado mínimo ronda os 650€. Mas só alguém totalmente senil poderia dizer que em Malta se vive melhor do que em Portugal.
Ainda assim, Malta tem o seu encanto; St. Julians (onde estou a morar) é uma cidade que tem apenas duas fontes de rendimento: o turismo e as escolas de Inglês, que durante todo o ano acolhem estudantes de todo o Mundo (sobretudo Nórdicos, Italianos, Espanhóis, Checos, Russos e Alemães). Isso dá à cidade uma aura muito especial, fazendo dela a mais cosmopolita de Malta. O clima é óptimo; calor durante o dia, calor durante a noite, e muito, muito sol. E a animação nocturna é, no mínimo, impressionante.
Portanto, para já, Malta está a ser uma experiência interessante. Não me parece complicado passar 3 meses aqui. Agora, para viver...é impensável.