17 maio, 2008

Vitória - Um ano de sucessos

Já se impunha um balanço: aqui fica a minha opinião sobre este ano desportivo no que concerne ao Vitória.


Positivo:

  • A qualificação para a 3ª pré-eliminatória da Champions League. Sem grandes vedetas mas com uma equipa extraordinária, o Vitória conseguiu uma proeza impensável no início da época. 7 jogadores da equipa titular actuavam o ano passado na Liga de Honra/Liga Vitalis.

  • A estabilidade financeira. O Vitória conseguiu conter o passivo, apresentando-se com um orçamento dos mais baixos da Liga para esta época - sem que tal afectasse o rendimento desportivo.

  • O contrato com a Lacatoni. Criticado por muitos ao início, o acordo com a empresa bracarense acabou por se revelar uma das decisões mais acertadas da direcção. Equipamentos bonitos e com qualidade, feitos em parceria com instituições locais (Universidade do Minho), e recheados de pormenores alusivos à história e aos símbolos do clube e da cidade. Para além disso têm um preço relativamente acessível e chegaram atempadamente às lojas, bem antes do início da época. Coisa que nos últimos anos era impensável, visto o Vitória ter sido tratado como um clube de segunda por outras marcas desportivas.

  • O Basquetebol. O parente pobre do Voleibol surpreendeu tudo e todos ao vencer a Taça de Portugal de Basquetebol, eliminando as duas melhores equipas Portuguesas: Ovarense e FC Porto. Ambas a competirem numa liga profissional, ao contrário do Vitória.

  • O Voleibol. Já tardava este título. O Vitória sagrou-se Campeão Nacional, batendo o SC Espinho numa final de contornos dramáticos. Sempre entusiastas, os adeptos do Voleibol Vitoriano receberam a equipa em apoteose num pavilhão lotado.

  • Quase 30000 sócios e mais de 19000 lugares anuais vendidos. O clube não pára de crescer.
Negativo:

  • As vendas ao desbarato de Rabiola e, sobretudo, Pelé. Os dois valeram ao todo 1,9 milhões de Euros. Actualmente Pelé já é tido como uma grande promessa do futebol Europeu e tem jogado com regularidade no Inter de Milão.

  • A falta de transparência da direcção. Foram precisos vários meses para que os valores das transferências de Pelé e Rabiola fossem divulgados. E o recente patrocínio da Super Bock à bancada nascente do estádio tem, também ele, valores indefinidos. Emilio Macedo da Silva garante que foi um "bom negócio" para o Vitória, mas o que é certo é que já tinha dito no mesmo nas já mencionadas transferências. E, como já aqui disse, esses valores foram manifestamente maus. Daí que possamos esperar o mesmo para este novo acordo.

  • Os falhanços nos momentos decisivos. Seja na Taça de Portugal, na Taça da Liga, ou no jogo decisivo contra o Porto no campeonato, o Vitória continua a falhar nos momentos de maior pressão. É já uma "malapata" crónica.