12 julho, 2007

The Office...humor para exportação



Se sintonizarmos a TVI nas noites de Quinta-Feira, encontramos, em substituição de Dr.House, a premiada série The Office.

Mas para quem já conhecia a série da RTP2, aproveito para mencionar que a série...não é a mesma. E no entanto é exactamente igual. Confusos? Eu esclareço.

Não contentes com a genialidade da versão Inglesa, Americanos, Franceses, Alemães e Canadianos resolveram produzir um franchise da série. Os cenários, os diálogos, as personagens...é tudo idêntico. Ridículo? É-o, de facto. Mas adiante.

A série acabou por se tornar um sucesso nos Estados Unidos, tendo sido (e continua a ser) altamente premiada. E de facto vale mesmo a pena ver. O tipo de humor é único, e pouco atingível numa primeira abordagem. É uma autêntica "revolução" no modo de fazer comédia, tal como Seinfeld foi uma revolução nos inícios da década de '90. É óbvio que para quem já era fã da série (da original) tudo irá parecer um pouco surreal. É que os diálogos são exactamente iguais (apenas com as necessárias alterações para melhor adaptação à realidade Norte-Americana). Mas para quem é "virgem" nestas andanças, tem aqui uma óptima oportunidade de ver humor de qualidade (coisa rara na TV Portuguesa).

A essência mantém-se, a qualidade das interpretações é também boa, mas...The Office sem Ricky Gervais pura e simplesmente não é a mesma coisa. Aquela personagem parece que foi criada a pensar nele. E foi mesmo, já que Gervais é o criador da série. E por muito talento que Steve Carell tenha (e tem, tendo inclusivamente sido premiado pela sua prestação em The Office) não encaixa tão bem na personagem como Gervais. Em certa medida, uma consequência do "copiar" da série, ao invés de criar algo novo e com personalidade. Este tipo de comparações acaba por ser inevitável e, como era de esperar, a versão original acaba por quase sempre levar a melhor.