Pelo direito a pensar
Infelizmente, por vontade própria ou por mero desleixo intelectual, muitas pessoas parecem pouco informadas ou mesmo "desinformadas" sobre a questão do aborto. Os exemplos são vários, mas como não tenho por hábito propalar ignorância gratuita, vou dar apenas um mero exemplo que me servirá de introdução.
Enquanto navegava por alguns foruns e blogs, li, e por diversas vezes, pessoas defenderem o Sim ao Referendo, dizendo com toda a convicção que, à 10ª semana de gestação, no útero da mulher encontram-se apenas "células indiferenciadas". Precisamente isto.
É falso. Totalmente falso.
À 10ª semana, o bebé já tem cérebro. Tem mãos, tem braços, tem pernas. Tem coração, tem pulmões, tem rins, tem fígado, tem intestinos.
Existem vários métodos de se realizar um aborto, mas vou descrever aqueles que são os dois métodos mais utilizados na generalidade dos países desenvolvidos:
Sucção: Um tubo oco afiado é inserido no útero da mulher. Inicia-se o método de sucção (28 vezes mais forte que um aspirador doméstico convencional) que despedaça o corpo do bebé e a placenta, absorvendo-os de seguida. Os restos mortais são despejados para um balde. Geralmente a cabeça do bebé, devido às suas dimensões, não sai com a sucção, sendo necessário introduzir uma pinça que comprime e esmaga a cabeça do bebé, permitindo a sua passagem.
Dilatação e Curetagem: É utilizada uma faca cirúgica que corta e desmembra o bebé em pedaços, permitindo, com a ajuda do fórceps, raspar esses mesmos pedaços do útero da mulher. Já vi imagens e é hediondo. Hediondo.
...
Num outro ponto de vista, o facto de a cada 2 ou 3 abortos feitos ser necessário adiar ou cancelar uma cirurgia parece-me grave. Pagar abortos com os meus impostos já não me parece grave, mas inaceitável. Se eu voto Não, é obvio que não tenho interesse em financiar a chacina. Os doentes, a quem vão forçosa e necessariamente ser retirados fundos para financiar os abortos, agradecer-me-ão.
Não me vou prolongar em argumentos. Não estou aqui a fazer propaganda. Se fizesse acompanhar as descrições dos métodos de aborto com as respectivas imagens obteria resultados muito mais eficazes. E nem por isso o fiz.
O meu objectivo é, isso sim, que as pessoas pensem um bocado. Leiam, informem-se. Discursos pré-fabricados enjoam, e de que maneira, e as frases estereotipadas saídas directamente da máquina de propaganda partidária em nada ajudam à discussão do assunto.
Chamem-me um optimista, mas eu tenho fé no Ser Humano. E tenho orgulho em ser humano. E por isso acredito que qualquer pessoa pode ter uma vida realizada, quaisquer que sejam as circunstâncias da sua nascença e do seu crescimento e desenvolvimento. Grandes personalidades do nosso tempo surgiram no seio de famílias pobres. De contextos sociais complicados. De lares com 5, 10 irmãos. Atravessaram períodos difíceis, mas graças à sua perseverança e força de vontade, puderam tornar-se pessoas de destaque na História da Humanidade. Porque o Ser Humano é assim. Capaz de superar obstáculos inimagináveis e dificuldades aparentemente intransponíveis. E a ninguém deve ser negado o direito de, pelo menos, tentar.
Enquanto navegava por alguns foruns e blogs, li, e por diversas vezes, pessoas defenderem o Sim ao Referendo, dizendo com toda a convicção que, à 10ª semana de gestação, no útero da mulher encontram-se apenas "células indiferenciadas". Precisamente isto.
É falso. Totalmente falso.
À 10ª semana, o bebé já tem cérebro. Tem mãos, tem braços, tem pernas. Tem coração, tem pulmões, tem rins, tem fígado, tem intestinos.
Existem vários métodos de se realizar um aborto, mas vou descrever aqueles que são os dois métodos mais utilizados na generalidade dos países desenvolvidos:
Sucção: Um tubo oco afiado é inserido no útero da mulher. Inicia-se o método de sucção (28 vezes mais forte que um aspirador doméstico convencional) que despedaça o corpo do bebé e a placenta, absorvendo-os de seguida. Os restos mortais são despejados para um balde. Geralmente a cabeça do bebé, devido às suas dimensões, não sai com a sucção, sendo necessário introduzir uma pinça que comprime e esmaga a cabeça do bebé, permitindo a sua passagem.
Dilatação e Curetagem: É utilizada uma faca cirúgica que corta e desmembra o bebé em pedaços, permitindo, com a ajuda do fórceps, raspar esses mesmos pedaços do útero da mulher. Já vi imagens e é hediondo. Hediondo.
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Num outro ponto de vista, o facto de a cada 2 ou 3 abortos feitos ser necessário adiar ou cancelar uma cirurgia parece-me grave. Pagar abortos com os meus impostos já não me parece grave, mas inaceitável. Se eu voto Não, é obvio que não tenho interesse em financiar a chacina. Os doentes, a quem vão forçosa e necessariamente ser retirados fundos para financiar os abortos, agradecer-me-ão.
Não me vou prolongar em argumentos. Não estou aqui a fazer propaganda. Se fizesse acompanhar as descrições dos métodos de aborto com as respectivas imagens obteria resultados muito mais eficazes. E nem por isso o fiz.
O meu objectivo é, isso sim, que as pessoas pensem um bocado. Leiam, informem-se. Discursos pré-fabricados enjoam, e de que maneira, e as frases estereotipadas saídas directamente da máquina de propaganda partidária em nada ajudam à discussão do assunto.
Chamem-me um optimista, mas eu tenho fé no Ser Humano. E tenho orgulho em ser humano. E por isso acredito que qualquer pessoa pode ter uma vida realizada, quaisquer que sejam as circunstâncias da sua nascença e do seu crescimento e desenvolvimento. Grandes personalidades do nosso tempo surgiram no seio de famílias pobres. De contextos sociais complicados. De lares com 5, 10 irmãos. Atravessaram períodos difíceis, mas graças à sua perseverança e força de vontade, puderam tornar-se pessoas de destaque na História da Humanidade. Porque o Ser Humano é assim. Capaz de superar obstáculos inimagináveis e dificuldades aparentemente intransponíveis. E a ninguém deve ser negado o direito de, pelo menos, tentar.